sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Na chuva


Somos quase todos água,
E andamos na chuva como se não.
Gosto de senti-la,
Batendo em minha pele
E deslizando para o chão.
Nestes momentos
Sinto-me parte da chuva.
A roupa molhada
Se mistura ao corpo,
Escorre e leva embora
Tudo aquilo que me distrai.
Então compreendo,
Que assim como da chuva
As vezes nos esquivamos.
Aquilo que atrai,
Às vezes também repele.
Percebo no vento o som dos suspiros,
De um coração
Que tem medo de se molhar.


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