quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mesa de Bar

No copo um reflexo de meus amigos como um espelho,
Na cabeça pensamentos e idéias em devaneio.
Cada piada, uma risada. Cada sussurro, uma olhada,
No jogo da mesa do bar, cada comentário é uma cartada.
Se a vida é um teatro de cortinas fechadas,
O bar é a cadeira em frente ao palco de cortinas fechadas.
Paramos por um momento ouvindo o vento,
Passou e foi apenas mais uma noite ao relento.
E se o copo secar, desce mais uma garçom,
Depois a gente vê quem vai pagar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Canalha?

A face oposta encara e espera,
Um olhar ou até um sinal de entrega.
Ah, este jogo que embala,
quando tento como um canalha.

Te seduzir, te conhecer, te despir.
Despir até a alma e descobrir cada falha.
Para que com a minha presença possa curá-la.
Serei mesmo um canalha?

Quando te vejo passar, já penso em parar.
Te atropelar com meus versos.
E nenhum médico chamar.
Pois o teu problema, eu é que vou curar.

Quando tudo acabar...
Mesmo que eu seja talvez um canalha,
Ah você vai se lembrar.

sábado, 21 de maio de 2011

Narguilê

No escuro a brasa do narguilê,
Na fumaça a essência de tudo que não se vê.
Pra cada gole de café, uma passada de página,
Em meio a introspecção tranqüila de uma tarde atarefada.

Sinto, exalo e embalo,
A cada tragada.
Acordo, olho, volto,
A cada gole.
Passeio vejo, penso, entendo,
A cada página.

Escuto as bolhas no fundo da garrafa,
Glub, glub, glub, mais uma tragada.
Agora que a tarde já não está mais amarelada,
Olho pela janela, não te vejo, e mais uma tragada.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Marionete

Palavras mutaveis são cordas,
Que controlam a marionete acalentada.
O gesto porem, que domina a cruzeta,
Dão o caminho a marioneta.
No silencio minha voz que ecoa e abala,
Minha mão te liberta e acalma.

Uma mão que aos trancos sobe,
E aos barrancos te toca e te serve.
Mesmo que por enquanto,
Os olhos só olhem,
As mão só toquem,
Os labios só falem.
Serei o que faço até que se acabe.

domingo, 8 de maio de 2011

A minha mãe

A minha mãe,
É feliz, é forte e firme.
A minha mãe,
É avó, é amorosa e atenciosa.
A minha mãe,
É carinhosa, é consciente e cuidadosa.
A minha mãe,
É guerreira, é gentil e generosa.

Graças a ela,
Aprendi a amar a natureza.
Graças a ela,
Aprendi a ser tranquilo.
Graças a ela,
Aprendi a lutar.
Graças a ela,
Aprendi a amar.

Obrigado mãe por estar sempre aqui, pra me ajudar.
Mesmo quando não esta.

Jabuti Master