sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sexta de carnaval


Sexta de carnaval,
Transeuntes aos montes
Aglomeram-se nas ruas, esquinas e calçadas.
Nos carros, ônibus, motos e aviões.

Desesperados, maníacos e insanos
Buscando sempre outro lugar.
Que não aquele onde constroem seu futuro.
Ou onde quase sempre chamam de lar.

Na marcha fúnebre do desespero por folia,
O que pensaria Orfeu no ônibus lotado?
Eurídice ficaria aos prantos em casa vendo o transito no jornal,
Com a comida já fria a mesa, temendo por este carnaval.

Orfeu chegaria atrasado e cansado.
Comeria o prato frio com cerveja resfriada,
Fumaria um cigarro na janela olhando a estrada lotada,
Passaria na sala acordando Eurídice e buscaria sempre outro lugar.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Argh


Argh! Este calor...
O brilho da lua invade pela persiana,
Reflete na parede e exalta a noite abafada.
A fumaça exala o suor dos pensamentos.
Como uma sauna, transpira calada,
Envolta em idéias e memórias de outrora.
Ah... Este silêncio inócuo e perpetuo...
Ainda que tão logo seja incerto,
Em revoltos estardalhaços de guitarra.
E a bateria que ACERTA! E cala.
Musica...
Esta musica que me toca as veias,
Como se fosse um baixo,
Marcando cada passo
Do diacho do meu coração!