sábado, 21 de maio de 2011

Narguilê

No escuro a brasa do narguilê,
Na fumaça a essência de tudo que não se vê.
Pra cada gole de café, uma passada de página,
Em meio a introspecção tranqüila de uma tarde atarefada.

Sinto, exalo e embalo,
A cada tragada.
Acordo, olho, volto,
A cada gole.
Passeio vejo, penso, entendo,
A cada página.

Escuto as bolhas no fundo da garrafa,
Glub, glub, glub, mais uma tragada.
Agora que a tarde já não está mais amarelada,
Olho pela janela, não te vejo, e mais uma tragada.

Um comentário:

  1. OLha só... entendi a pequena invejinha!!! Da próxima, eu quero que me veja!!!

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