segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Soneto da Dualidade

Deixo aqui minhas memórias para a posteridade.
Para que eu saiba que o sinto agora, talvez não seja a verdade.
Treino minha mente agora para aceitar a eternidade.
E sei que para isso tenho toda a sagacidade.

Meus dias se resumiam a esperar o amanhã,
Mas estou farto de esperar toda manhã.
O que me importa a partir de hoje é o agora,
Seja ele feliz ou triste a toda hora.

Buscarei minha felicidade,
Mesmo que esta não seja verdade.
Preciso também aceitar a maldade,
A maldade que por muitas vezes inquieta minha realidade.

Temos sim que aceitar a maldade,
Pois sem ela não existiria bondade.
Quando tentamos nos cegar perante a dualidade,
Perdemos o compasso da humanidade.

Não tem razão que me faça desistir de amar,
Porque mesmo quando sofremos por amar.
Continuamos a sentir e enxergar,
Deixando a maré nos levar como um veleiro ao mar.


Jabuti Master

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