Sexta de carnaval,
Transeuntes aos montes
Aglomeram-se nas ruas, esquinas e calçadas.
Nos carros, ônibus, motos e aviões.
Transeuntes aos montes
Aglomeram-se nas ruas, esquinas e calçadas.
Nos carros, ônibus, motos e aviões.
Desesperados, maníacos e insanos
Buscando sempre outro lugar.
Que não aquele onde constroem seu futuro.
Ou onde quase sempre chamam de lar.
Buscando sempre outro lugar.
Que não aquele onde constroem seu futuro.
Ou onde quase sempre chamam de lar.
Na marcha fúnebre do desespero por folia,
O que pensaria Orfeu no ônibus lotado?
Eurídice ficaria aos prantos em casa vendo o transito no jornal,
Com a comida já fria a mesa, temendo por este carnaval.
Orfeu chegaria atrasado e cansado.
Comeria o prato frio com cerveja resfriada,
Fumaria um cigarro na janela olhando a estrada lotada,
Passaria na sala acordando Eurídice e buscaria sempre outro lugar.
O que pensaria Orfeu no ônibus lotado?
Eurídice ficaria aos prantos em casa vendo o transito no jornal,
Com a comida já fria a mesa, temendo por este carnaval.
Orfeu chegaria atrasado e cansado.
Comeria o prato frio com cerveja resfriada,
Fumaria um cigarro na janela olhando a estrada lotada,
Passaria na sala acordando Eurídice e buscaria sempre outro lugar.